Apesar da expectativa de melhoria na rede de abastecimento de energia em Goiás depois da venda da Celg para empresa italiana Enel, a verdade é que serviço piorou muito. Reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal O Popular mostra que o prejuízo dos produtores rurais com quedas de energia nunca foi tão como agora.
Em novembro de 2016, os goianos ficaram 2,98 horas sem eletricidade. No mesmo mês de 2017, foram 4,78 horas no escuro. Os números são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Há casos de agropecuaristas que têm ficado até três dias seguidos sem o suporte da Celg-Enel.
“São problemas decorrentes tanto da falta de qualidade da concessionária em processos internos, no sentido de demora nas respostas, call center, e também com os indicadores de duração e frequência de quedas”, afirma o analista do Instituto para Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Cristiano Palavro, sobre os relatos dos produtores. “Isso é resultado de muitos anos de descaso do poder público.
A demora da liberação de novas cargas e falta de estrutura para novos projetos, como explica, também travam o crescimento no campo. “Querem construir armazém ampliar a produção e a área irrigada e o crescimento fica limitado pela falta do insumo básico. O crescimento do Estado depende diretamente do fornecimento de energia”, afirma.