O novo presidente do Podemos (ex-PTN) em Goiás, Sandro Resende, afasta de forma categórica rumores de que o partido será utilizado para abrigar dissidentes do MDB que desejam apoiar a candidatura do senador democrata Ronaldo Caiado ao governo do Estado. Quem lidera esta tentativa de aparelhamento da legenda é o deputado estadual José Nelto, que estaria de saída do MDB.
“O Podemos tem um objetivo muito bem definido: montar o palanque para a candidatura presidencial do senador Álvaro Dias”, garante. “Qualquer informação fora disso não passa de especulação.”
Nesse sentido, entretanto, ele reconhece que é mais provável que a sigla se una a partidos da oposição. E por uma razão pragmática: “A base aliada em Goiás, liderada pelo PSDB, já tem candidato a presidente, o governador Geraldo Alkcmin (São Paulo)”.
Sandro diz que o cenário político nacional ainda está aberto e que a tentativa de associar o partido aos interesses caiadistas incorre num erro fático. “O DEM, hoje, tem seu candidato ao Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia”, argumenta.
Para ele, o cenário mais conveniente aos interesses imediatos do Podemos seria a união das oposições no Estado. “Independente de nomes. Daniel Vilela, Maguito (Vilela) e Caiado são quadros excelentes. E o divisionismo é nocivo ao nosso objetivo de montar um palanque sólido para o senador Álvaro Dias.”
Com a missão de reestruturar os diretórios municipais e ultrapassar a cláusula de barreira com chapas proporcionais competitivas, Sandro afirma que o podemos tem a ambição de eleger um deputado federal e até cinco estaduais. “Queremos candidatos com afinidade com a população e a sociedade. Não nos interessa os campeões de votos. Vamos montar uma chapa pura para estadual com nomes entre 4 mil e 5 mil votos.”