O pré-candidato a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – seção Goiás (OAB-GO), Pedro Paulo de Medeiros, fez nesta sexta-feira (23), na companhia do conselheiro federal e neoaliado Leon Deniz, uma visita ao prefeito Iris Rezende (MDB) no Paço Municipal. O encontro aconteceu quatro dias após a seccional goiana ajuizar no Tribunal de Justiça uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) questionando a cobrança diferenciada de IPTU para mais de 125 mil proprietários de imóveis em Goiânia.
A ação, com pedido de liminar, está nas mãos da desembargadora Beatriz Figueiredo. O encontro contou com a presença da procuradora-geral do município, Anna Vitória Caiado, a mesma que, no dia em que a OAB ingressou com a ADI, ficou por mais de duas horas no gabinete da presidência da ordem tentando convencer, sem sucesso, o presidente Lúcio Flávio de Paiva a desistir de ingressar como o pedido em juízo. Ao fim da reunião na OAB, Anna Caiado deixou a sede da entidade sem atender à imprensa, que lá aguardava para obter informações.
Leon Deniz, que recentemente rompeu com Lúcio Flávio para se aliar aos adversários históricos da OAB Forte, tem vínculos com o MDB. Já foi, inclusive, presidente da Comissão de Ética do renomeado PMDB e cogitado para assumir a vaga de vice na fracassada tentativa de Júnior Friboi de disputar o governo do Estado. Segundo postagens em redes sociais, o encontro aconteceu para propiciar um “bate-papo sobre os rumos da sociedade”.
VINCULAÇÃO
Em recente declaração feita ao programa Roda de Entrevista, da TV Brasil Central, o presidente Lúcio Flavio condenou a vinculação da entidade que preside a grupo políticos. “A OAB não precisa ser apolítica. O que não pode ser é ideólogo-partidária. Nesses 25 meses de mandato, nossa atuação teve base em atuações políticas, mas não em questões partidárias”, declarou.
Para comprovar sua afirmação, o presidente mencionou iniciativas que desagradaram o governo do Estado, como a ação judicial para impedir a apreensão de veículos com IPVA atrasado, e um parecer contrário à contratação de Organizações Sociais (OS) para gerir a Educação estadual; e outras que prejudicaram a prefeitura de Goiânia, como a recente ADI do IPTU abusivo.