quarta-feira , 25 dezembro 2024
Goiás

Cassação, Caiado e eleição: Demóstenes dá entrevista-bomba na TBC

O ex-senador Demóstenes Torres (PTB) cumpriu a promessa de “falar tudo, sem censuras” em sua participação no programa Roda de Entrevista, nesta terça-feira, e fez declarações bombásticas – que certamente repercutirão na imprensa e redes sociais nos próximos dias.

Sobre as acusações que o defenestraram do Congresso Nacional em 2012, Demóstenes disse que se sente “plenamente injustiçado” porque ao final de dez anos de investigação por parte de Receita, Ministério Público, Interpol e Justiça e que, ao final deste processo, restou provado que não havia nada contra ele. “Fui escorraçado e quero voltar à vida pública para continuar a minha história”.

O ex-senador e hoje procurador inclusive apresentou uma perícia do Ministério Público que atesta a lisura das suas transações bancárias e de sua vida empresarial.

Demóstenes disse que é no Senado – e apenas no Senado – que ele quer retomar a sua carreira política. “Não sou candidato a governador, a vice-governador, a deputado, a nada, a não ser a senador. Saí do Senado e quero continuar a minha história ali. Foi ali que eu prestei grandes serviços à história do Brasil”.

O ex-senador disse também que considera encerrada a sua contenda com o senador Ronaldo Caiado (DEM), sobre quem ameaçou revelar podres depois que o ex-aliado o chamou de “a maior decepção política que teve na vida”. “Ele ameaçou me processar, mas como não processou eu entendo que este papo já deu o que tinha que dar”. Ponderou, no entanto, que ele não é o nome mais adequado para governar Goiás pelos próximos quatro anos. “Eu entendo que mudar é bom, mas não mudar para pior”.

Demóstenes criticou o pagamento de auxílio-moradia para membros do Judiciário, o que gerou polêmica nos últimos meses e até provocou anúncio de paralisação por parte de juízes. “[Os penduricalhos] são absurdos. Auxílio-moradia não recebo. Não faz parte do meu projeto receber qualquer espécie de auxílio”, afirmou.

Por fim, ele defendeu o auxílio-livro, dizendo que pode até ser dispensável, mas não imoral, como os outros. O ato foi regulamentado pelo procurador-Geral de Justiça Benedito Torres Neto, irmão de Demóstenes.

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