Ainda que encha o peito para dizer que é um político coerente, o senador Ronaldo Caiado (DEM) não é. Em 2014, ele editou uma aliança pra lá de inusitada com Iris Rezende depois de dizer que “o PMDB é caso de polícia”. Agora, discute aliança com 3 políticos que criticava de forma veemente há até pouco tempo.
Confira:
Caiado e Iris Rezende:
São dois políticos de origens distintas. Caiado sempre militou no PFL, que abrigou órfãos da ditadura militar. Iris combateu o regime (e foi inclusive cassado por ele). Na campanha de 1994, Caiado afirmou que o “PMDB é caso polícia”, como se vê no vídeo abaixo. Agora, são companheiros. Assista:
Caiado e Vilmar Rocha:
Rompidos desde 2002, ano em que Caiado forçou a barra para tirar o PFL (antigo DEM) da base aliada do governo. Mais do que adversários, viraram inimigos. Vilmar acusava Caiado de agir de forma autoritária e incoerente. Em 2011, ouviu como resposta: “Não vou perder tempo com o Vilmar Rocha não. Não perco tempo com adesista. Respeito opositor que queira discutir com ideias. Mas adesista para mim é a pior qualidade que um político pode ter. Não tem credibilidade moral para criticar os outros” (clique aqui para conferir). Nos últimos dias, Vilmar começou a negociar uma vaga na chapa do ex-desafeto.
Caiado e Vanderlan:
O senador fez críticas duras a Vanderlan na eleição de 2016. Entre outras coisas, acusou-o de esconder da população os aliados que marchavam com ele naquela ocasião. Agora, Caiado se esforça para ter o empresário como seu candidato a vice.
Caiado e Wilder:
O senador Wilder Morais bandeou para o grupo de Caiado na última quarta-feira. Antes disso, era criticado pelo senador por ser da base de sustentação de Marconi Perillo (PSDB). Foi só mudar de lado que Wilder deixou de merecer críticas do senador.