Texto publicado no site GBrasil (clique aqui para acessar)
A entrevista de Ronaldo Caiado (DEM) à rádio Sagres 730 na manhã desta segunda-feira deixou claro que a aposta do senador para faturar a eleição para o governo do Estado não será em propostas que signifiquem um passo à frente na prestação de serviços ao cidadão. Caiado foi convencido pelos seus assessores de que a “fadiga de material” do atual governo será suficiente para alçá-lo à vitória.
“O senhor falou aqui em criar hospitais e abrir mais colégios, especialmente militares. Mas estas mesmas propostas o governador José Eliton e o deputado Daniel Vilela também já apresentaram. Quero saber quando é que o senhor vai apresentar ideias realmente diferente”. questionou o jornalista Vassil Oliveira na entrevista.
Caiado afirmou que não tem propostas, mas sim o que chama de “previsão de projeto”. “Não tenho como apresentar propostas porque nós sabemos, todos os goianos sabem, que o governo do Estado maquia as contas públicas. Então como é que eu vou propor alguma coisa se eu não sei o tamanho da nossa dívida consolidada”, respondeu o senador.
É uma aposta arriscada. Especialistas em marketing eleitoral dizem – é verdade – que o processo de escolha de um candidato é emocional e depende muito mais do conceito e da confiança que um determinado candidato transmite. Vide François Mitterrand na França (a “’força tranquila”), Obama nos Estados Unidos (“Yes, w can”), Macron mais uma vez na França e Maurício Macri na Argentina.
Mas daí a acreditar que isto basta é algo que flerta com a inocência, principalmente em uma eleição polarizada e concorrida como esta promete ser. Caiado precisará se dedicar mais para derrotar o grupo do governador José Eliton.