O discurso de mudança entabulado pelo candidato a governador Ronaldo Caiado (DEM) perde a consistência na medida em que agrega ao seu projeto político figuras carimbadas da política em Goiás com histórico mesclado de traição e fracasso eleitoral.
Quem visita o comitê eleitoral de Caiado, espanta-se com de quantidade de políticos carreiristas – na política batizados de “quinta-coluna”- que por lá pululam.
No “exército da mudança” montado por Caiado enfileira-se, por exemplo, o candidato a vice Lincoln Tejota, filho do conselheiro do TCE Sebastião Tejota e deputado estadual recém filiado ao PROS, que até há bem pouco tempo defendia o Tempo Novo do ex-governador Marconi Perillo com unhas e dentes na Assembleia Legislativa.
Ao lado de Caiado, na falange da “mudança”, perfila-se Alcides Rodrigues, que traiu Marconi e teve uma passagem pífia pelo governo estadual. Cidinho, como é conhecido, é apontado como o pior governador da história de Goiás.
Outros destaques nas trincheira “mudancista” de Caiado são o ex-irista, ex-maguitista e ex-marconista Juarez Magalhães Júnior, que foi prefeito de Cristianópolis, o ex-deputado Helenês Cândido, igualmente ex-irista, ex-maguitista e ex-marconista, e o ex-prefeito de Bom Jardim e ex-presidente do MDB, Nailton Oliveira.
O ex-deputado Tiãozinho Costa também se juntou à turma da mudança. Ele se declarava marconista de carteirinha e agora faz juras de amor eterno Caiado monitorado por tornozeleira eletrônica devido a envolvimento em caso de corrupção.
A fila agora é engrossada com o radialista e ex-marconista Tulio Isac, aquele mesmo que comprou briga com os professores quando era deputado e pagou mico histórico ao criticar um professor que havia escrito exigir com “g” numa faixa – iletrado, ele afirmou que a grafia correta era com “exigir”.
Com companhias manjadas e cevadas na traição, que mudança é essa que Caiado prega, se até mesmo ele próprio fez parte do governo por 16 anos?