O procurador de Justiça e candidato a deputado federal Demóstenes Torres (PTB) defende que a venda da Celg seja desfeita que a Enel seja mandada embora de Goiás. Diz o candidato que a Enel não cumpriu as obrigações contratuais e, além disso, o serviço de fornecimento de energia elétrica piorou.
“Estamos regredindo aos tempos em que a energia de Goiânia era fornecida pela pequena represa do Jaó. Eu estava em Formoso e uma dona de casa me dizia que a empresa chega a cortar a luz até 15 vezes por dia. Tenho recebido dezenas de reclamações desse tipo por onde eu passo neste nosso Estado de Goiás. Uma senhora teve sua geladeira queimada duas vezes, e também teve queimada a sua máquina de lavar, em razão das bruscas oscilações da voltagem na rede”, denuncia Demóstenes, afirmando que a empresa deve pagar esses danos.
“Eleito deputado, vou propor uma projeto de lei, para valer para todo o país, estabelecendo que, quando faltar energia, a empresa seja punida com um desconto equivalente ao gasto médio diário de consumo de cada cliente. Também vamos proibir taxa de religação. Ser a empresa não cobra pra ligar, não tem porque cobrar para religar. Em caso de atraso de pagamento, o corte só poderá ser efetuado após três meses consecutivos de inadimplemento”, afirma.
Demóstenes afirma que “a Enel traiu Goiás”. Ele diz que, decorrido o prazo contratual, caso a empresa não tenha efetuado, na totalidade, os investimentos que se obrigou a fazer, ele promoverá, pelos meios que estiver ao seu alcance, a rescisão do contrato e a retomada da empresa. “Até agora, a Enel não realizou investimento nenhum e, pelo andar da carruagem, o meu palpite é que ela não fará. Aí, vamos ter que retomar a empresa e a Enel voltará a ser Celg”.