A histeria dos adversários de Marconi Perillo (PSDB) e dos eleitores que o odeiam não interessa ao Goiás 24 Horas no momento. Mais importante é refletir se a prisão do ex-governador se justifica e tem amparo legal.
Marconi foi preso no âmbito da operação Cash Delivery enquanto prestava depoimento à Polícia Federal. Foi o próprio ex-governador que pediu para depor. Ele também facilitou o acesso das forças policiais aos endereços para cumprir mandados de busca no decorrer da eleição, ainda que houvesse a suspeita de que a operação foi deflagrada no auge da campanha para prejudicá-lo.
Portanto, se Marconi colabora com as investigações, por que prendê-lo antes que elas terminassem? A prisão preventiva só se justifica quando o suspeito atrapalha as diligências ou representa risco ao trabalho policial.
Definitivamente, este não é o caso.
Em paralelo, vale lembrar que duas pessoas presas pela Cash Delivery em setembro já foram liberadas: o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop), Jayme Rincón, e o filho dele, Rodrigo.
Se a Justiça soltou ambos, é porque entendeu que a investigação está imune a eventuais interferências ou tentativas de obstrução. Caso contrário, os manteria preso.