No poder Legislativo de qualquer rincão do Brasil, quando um parlamentar adversário adere ao governo ele prepara a transição com um discurso de que fará “oposição construtiva” ao poder constituído.
Foi com esta lenga-lenga que o marconista Talles Barreto (PSDB) carimbou o seu passaporte de adesão ao governo de Ronaldo Caiado (DEM), que sequer começou. “O que eu puder contribuir, mesmo sendo oposição, eu vou contribuir porque eu tenho uma admiração pelo Caiado. Vou fazer uma oposição construtiva”, disse o tucano ao Jornal Opção.
Talles serviu-se até lamber os dedos das mordomias dos governos do Tempo Novo. Foi presidente da Agência de Esporte e Lazer (Agel) – uma gestão medíocre, diga-se – e, mais recentemente, mandava em algumas das superintendências da Secretaria Cidadã.
Talles é a prova de que a jornalista Cileide Alves, da rádio Sagres 730, estava certa quando disse que “deputado gosta muito de governo”.