Já são 30 dias corridos após o resultado das urnas no primeiro turno e até hoje o governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) não anunciou nenhum nome que vai compor o primeiro escalão da futura gestão do Estado de Goiás.
Só para se ter um comparativo, o presidente eleito Jair Bolsonaro já confirmou cinco ministros. Caiado segue se perdendo no emaranhado de picuinhas que ele transformou o processo de transição. Após receber 5 mil páginas de documentos do governo de Goiás, o novo governador foi à imprensa reclamar que tudo era “artificial”. O governo rebateu e disse que tudo que foi pedido está nas mãos de Caiado.
Um olhar mais atento a essa dificuldade de Caiado em montar seu secretariado comprova o que muito se comenta no meio político há décadas: Caiado sempre foi um político solitário, sem grupo. Brigou com Vilmar Rocha, brigou com Demóstenes Torres, brigou com José Eliton, brigou com Marconi e por aí vai.
O comportamento personalista exercido ao longo desses anos cobra agora a fatura. Um mês após vencer a eleição, Caiado não apresentou nenhum nome. O cidadão goiano não tem a mínima noção de quem estará ao lado do governador eleito a partir de janeiro de 2019.
Pior, Caiado sinaliza enveredar-se por um caminho tortuoso: misturar família com trabalho. Quem está com ele em todas as reuniões é sua filha mais velha, Anna Vitória Caiado, que também é cotada para ter cargo no governo.
Não bastasse a filha, Caiado também carrega o genro nas reuniões em que trata da transição.