É de provocar fio na espinha o despreparo revelado pelo senador Ronaldo Caiado (DEM) diante do imenso e complexo desafio de governar Goiás a partir de 1.º de janeiro de 2019. Caiado disse hoje em suas redes sociais que a reunião com o governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, revela a “interessante informação” de que a questão fiscal e as demandas em saúde, educação e segurança são o desafio comum dos chefes de Executivo eleitos e reeleitos nos Estados e no Distrito Federal. A menos de dois meses de assumir o Palácio das Esmeraldas, pelo jeito só ele não sabia disso ainda.
“Bati um papo com o meu colega Wilson Witzel, governador eleito do RJ, aqui em Brasília. Interessante que todos os governadores que encontro as conversas giram em torno da situação fiscal e da segurança, saúde e educação”, afirmou Caiado na mensagem publicada em uma rede social. Contas públicas, segurança, educação e saúde são problema comum de qualquer cidade, Estado ou país do mundo. São áreas em permanente mutação e que exigem investimento continuado e atualização tecnológica ininterrupta.
Em seu festival de obviedades, Caiado disse ontem ter descoberto no Ministério da Justiça que o sistema penitenciário de Goiás tem déficit. Como senador da República, o governador eleito já devia ter esses dados e tinha de ter ao menos apresentado algum projeto ou proposta para ajudar o Estado a resolver o problema, independentemente da coloração do governante do momento. A falta de vagas para cumprimento das penas é, a bem da verdade, uma desafio do Brasil desde 1500.