As mancadas da comunicação de Pedro Paulo Medeiros, o Pepê, que encabeça a chapa Nova OAB na disputa pelo comando da OAB-GO são muitas e complicaram uma campanha de oposição que tinha tudo para dar certo.
Pepê é um excelente candidato, tem boa figura e conteúdo, mas foi anulado pela estratégia de marketing equivocada, que não conseguiu explorar com competência os atributos positivos dele e, de quebra, ainda acumulou bovinamente o peso negativo do apoio do desgastado grupo da OAB Forte.
Os erros dos marqueteiros, aliás, estão refletidos na pesquisa Diagnóstico, que apontou o concorrente Lúcio Flávio, atual presidente da OAB-GO, com acachapantes 30% de vantagem em relação ao candidato da Nova OAB.
Um simples passar de olhos detectam as pisadas de bola do desastroso marketing de Pepê, a começar pela foto oficial que ilustra o material de campanha, absolutamente inadequada.
Nela, o candidato aparece inexplicavelmente com o punho fechado e de forma ameaçadora, numa postura agressiva de quem está prestes a distribuir sopapos a torto e a direito.
A construção da imagem de Pepê não poderia ser pior: um pugilista no mundo da advocacia, pronto a entrar no octógono da UFC e socar implacavelmente, com o punho fechado, os eventuais adversários que lhe aparecem pela frente.
A profissão de advogado inspira ponderação, equilíbrio, atilamento, nunca belicosidade e comportamento agressivo.
E o que dizer, então, de um advogado que se propõe a liderar os colegas profissionais?
O Pepê da foto oficial da campanha da Nova OAB produzido por comunicadores fajutos não é o verdadeiro Pepê que advocacia goiana conhece, filho de um lendário advogado e que construiu a carreira não com os punhos fechados, mas com as mãos estendidas para o diálogo, a conciliação e o entendimento.