Não fica bem a um advogado que tem a pretensão de dirigir a mais importante entidade da chamada sociedade civil organizada em nível estadual se prestar ao papel de papagaio de pirata do governador eleito, o que, a propósito, cabe múltiplas interpretações, como deslumbramento pelo poder e até mesmo submissão ao futuro governo.
Ao que tudo indica, lamentavelmente, o candidato a presidente da OAB-GO pela chapa Nova Ordem, o advogado Pedro Paulo de Medeiros, o Pepê, não mede consequências como deveria nos seus gestos e anda topando qualquer parada para aparecer.
Na entrega dos diplomas do mérito empresarial da Federação da Indústria do Estado de Goiás (Fieg), Pepê não teve o menor constrangimento em se postar atrás do governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) durante entrevista à imprensa, assumindo a sua porção pirate parrot sem sequer corar o rosto.
O mínimo que se recomenda a um dirigente de entidade da importância e porte da OAB é autonomia, independência e, sobretudo, distanciamento crítico em relação ao poder político.
Se na campanha Pepê se comporta de papagaio de pirata de políticos, imagina se eventualmente tornar-se presidente da OAB-GO.