Relatório produzido pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) na última semana mostra que a crise fiscal se agravou em Goiânia, apesar de o prefeito Iris Rezende (MDB) ter dito que a sua prioridade era arrumar a casa.
O município piorou em sete itens do Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais 2018, em comparação com o mesmo estudo feito em 2017.
Goiânia manteve nota C no índice geral de capacidade de pagamento, o que indica baixo índice de liquidez e impede o município de contratar empréstimos com aval da União.
Desta vez não dá para culpar a conjuntura do País, porque das 26 capitais, apenas 9 tiveram a nota C. Houve melhora do quadro geral de 2017 para 2018: de 13 subiu para 15 o número de capitais com rating A ou B.
Goiânia está no grupo de apenas quatro capitais que ficaram com nota baixa em poupança corrente, o que aponta, segundo o Tesouro Nacional, maior dificuldade de elevar a nota no ano que vem.
A poupança corrente é a relação entre receitas e despesas correntes. A nota baixa indica pouca margem para o crescimento das despesas obrigatórias municipais.
“A nota C pode ser revertida já no próximo ano em oito cidades, caso tenham mais recursos em caixa que obrigações financeiras. Ainda assim, para o caso de Campo Grande (MS), Goiânia (GO), Maceió (AL) e Rio de Janeiro (RJ), solucionar o problema de caixa não seria suficiente, pois o indicador de poupança corrente desses municípios também indica um elevado comprometimento das suas receitas com despesas correntes”, diz o boletim do STN deste ano.
Os investimentos com recursos próprio caíram de 66,3% para 58,4% e estão abaixo da média nacional, assim como a disponibilidade de caixa líquida na comparação com a despesa mensal líquida média (de 12 meses).
Já as despesas com pessoal e com custeio estão acima da média nacional, assim como despesas com exercícios anteriores.