Apesar do esforço em classificar a decisão da Unilever como gesto isolado e resultado da estratégia da empresa, a transferência da plana da indústria de Goiás para Minas Gerais representa muito mais do que supostamente parece.
Trata-se da ponta do iceberg de incertezas e insegurança que as ameaças de fim dos incentivos fiscais causam no empresariado. Em todo o mundo, empresários procuram ambiente seguro e que garanta competitividade. Em Goiás, este clima está mudando a partir das renovadas intenções de Ronaldo Caiado de rediscutir os benefícios fiscais.
A Unilever já se antecipou e vazou. Outras empresas devem seguir o mesmo roteiro e também deixar o Estado, caso se concretize o cavalo de pau na política de atração de indústrias que vigorou anos em Goiás.