O prefeito Iris Rezende (MDB) tornou nesta semana ainda mais improvável a possibilidade de o presidente da Câmara de Goiânia, Andrey Azeredo, também emedebista, de renovar seu mandato à frente da mesa diretora da Casa. Temendo o avanço do grupo dos 21, que quer eleger uma presidente autônomo, mas que não atrapalhe a prefeitura, Iris começou a demitir servidores ligados aos vereadores e decidiu adiar a reforma administrativa para a eleição da nova mesa.
As interferências em prol de Andrey tornaram ainda mais improvável a eleição de um presidente que tenha as bênçãos do Paço porque a maioria dos vereadores entende que Iris quer manter a Câmara como uma extensão, uma “secretaria do Paço Municipal”, revela matéria do jornal Diário da Manhã deste sábado.
“A resistência aos candidatos do Paço Municipal cresceu nesta semana com os sinais dados por Iris de que vai usar a reforma que pretende fazer em seu secretariado como moeda de troca nas articulações para tentar fortalecer Andrey”, diz a reportagem. “Com a antecipação da eleição da nova mesa diretora para 4 de dezembro, o prefeito de Goiânia disse que só fará a reforma depois da escolha da nova presidência”, afirma o texto.
A decisão de Iris de adiar a reforma, diz o DM, foi recebida como mais um sinal da velha política à qual Andrey e Tiãozinho Porto, do PROS, se submeteram para atender, sem questionar, a todos os pleitos de Iris e da primeira-dama e candidata derrotada para a Câmara Federal Iris Araújo. “O tiro saiu pela culatra, porque segundo os vereadores, na segunda metade de seu mandato, Iris precisa mais da Câmara do que a Câmara dele”, diz o DM.