Após 20 anos de forte verticalização de sua produção agropecuária, Goiás caminha para o abismo da desindustrialização, como resultado da ação do senador e governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) contra os incentivos fiscais e da omissão da Adial na defesa da legislação do Produzir.
Sem dificuldade, Caiado impôs sua narrativa de que os incentivos são uma política de renúncia fiscal bilionária criada para enriquecer uma casta privilegiada de empresários. A Adial assistiu impassível à escalada desse discurso e nem sequer se prestou a mostrar o gigantesco prejuízo econômico e social que se abaterá sobre o Estado.
São 400 mil empregos formais em jogo, outros tantos milhares que poderiam ser criados daqui em diante e a fuga em massa de indústrias que encontrarão em outros Estados ambiente igual ou melhor para produzir e gerar empregos. A previsão é de que a receita estadual até possa crescer num primeiro momento, mas em seguida virá o tombo e, logo depois, o colapso das contas públicas.