A direção da Adial encerra o debate sobre a revisão dos incentivos fiscais diante de uma grande derrota e baita ressaca moral. Depois de uma terça-feira de muita tensão, em que o mundo produtivo esteve à beira de um ataque de nervos ao se deparar com alterações não combinadas no texto final do projeto aprovado pela Assembleia, a imprensa repercute o descontentamento dos empresários com a lei sancionada.
O jornal O Popular relata que entre os pontos de tensão provocados pela lei sancionada está o que dá ao senador e governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) o poder de suspender, em decreto, parte dos incentivos. O industrial Alberto Borges disse à reportagem que a revisão, como foi acordada, já provoca impacto de perda de competitividade, e que este ponto específico cria “grande insegurança jurídica”.
Era visível ontem clima de velório e tensão na solenidade de sanção dos incentivos, feita em conjunto pelo governador José Eliton (PSDB) e pelo governador eleito. Os empresários deixaram a reunião com a esperança de retomar as negociações com Caiado no ano que vem. Afinal, como diz o ditado popular, a esperança é a última que morre. Porque o Produzir já era.
A Adial levou bola nas costas.