O futuro secretário da Segurança Pública do governo Ronaldo Caiado (DEM), Rodney Rocha Miranda, afirma em entrevista ao jornal O Popular desta quinta-feira, 13, que não há data prevista para o reajuste dos salários de policiais militares da chamada terceira classe, que entraram na corporação recebendo a partir de R$ 1,5 mil mensais. Na campanha eleitoral, Caiado fez a promessa de que o reajuste, com o objetivo de equiparar as remunerações desses PMs com as pagas em concursos anteriores, entraria em vigor no primeiro dia de seu governo, portanto em 1º de janeiro de 2019.
Rodney afirma que “há um compromisso do governador eleito, Ronaldo Caiado, de resolver esta situação” e que “é vontade dele que seja o mais rápido possível”: “Não posso dizer uma data, mas será o mais rápido possível, porque sabemos da sensibilidade desta situação”, afirma. O futuro titular da SSP tenta culpar a “situação econômica” pelo calote, e se arrisca: “Todos os compromissos feitos na campanha serão cumpridos”.
A narrativa de crise fiscal e econômica era parte central do discurso de oposição de Caiado, antes e durante a campanha eleitoral. Partindo dessa premissa, o senador já sabia que não teria como pagar o aumento. O governador José Eliton (PSDB), que disputou a reeleição, alertava na campanha que não haveria recursos, ao menos imediatamente a partir do início de 2019, para fazer a equiparação, e se recusou a fazer a promessa. Caiado, não. O governador eleito prometeu equiparar.
E agora, Caiado?