A futura secretária da Fazenda do senador e governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) assume o cargo em 1º de janeiro com os olhos no retrovisor: retomará o discurso do ajuste e corte drástico de despesas como a receita a ser seguida, num momento em que o Brasil – Goiás não está fora dele – busca a direção do futuro. Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt, no entanto, é apenas mais um auxiliar do time do demista a apresentar mais do mesmo.
As declarações da secretária levam a doutora em Economia pela prestigiada e caríssima Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao desconfortável apelido de “Cristiane Braga Abrão”, uma referência ao secretário da Fazenda do desastroso governo Alcides Rodrigues, Jorcelino Braga e à ex-Sefaz de Marconi, Ana Carla Abrão.
O auxiliar alcidista passou os quatro anos falando de um total déficit de R$ 100 milhões nas contas estaduais herdado do antecessor Marconi Perillo, uma peça de marketing que foi derrubada pela própria base do governo na Assembleia Legislativa depois de uma leve olhada nos balanços do governo. Ana Carla é defensora do Estado fiscalista, só preocupado com o equilíbrio das contas.
Assim como todos os brasileiros, os goianos procuraram eleger representantes capazes de inovar, de pensar o futuro, mas assegurando conquistas. Isso não significa que a receita de ajuste fiscal esteja dispensada. Governos responsáveis e modernos zelam pelo equilíbrio das contas públicas permanentemente, não apenas para fazer caixa para investimentos e manter a máquina funcionando bem, mas por respeito ao dinheiro do contribuinte.