A futura secretária da Educação do governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) não para de aprontar. Mas entre o festival de impropérios, um em especial foi motivo de grande constrangimento e vergonha na Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce): Gavioli tratou com extremo desdém e arrogância o atual titular da pasta, Flávio Peixoto, político e intelectual goiano com um dos currículos mais invejáveis do Estado e do País.
Além de carregar a tradição e a importância política dos Peixoto da Silveira em Goiás, Flávio é um gestor público experiente e com histórico impecável de retidão, competência e resultados, e dono de uma vasta bagagem cultural. Foi um dos homens fortes das administrações do MDB em Goiás, autor de boa parte da modernização administrativa que marcou os anos iniciais do emedebismo no poder. Sua competência o levou à Esplanada dos Ministérios em 1986, quando ele comandou nada mais nada menos que o Planejamento do governo José Sarney.
Coerente, se afastou de Iris Rezende quando percebeu que o cacique emedebista não conseguia mais se reciclar – mesmo assim, se manteve respeitoso e extremamente elegante após a ruptura. Aliás, a educação e a fineza são uma marca dos Peixoto da Silveira e, em especial, de Flávio, incapaz de atos de indelicadeza como os de Gavioli, que o tratou com se ele fosse um ancião ultrapassado. Um evidente sinal da ignorância da secretária.