À medida em que janeiro avança, a realidade administrativa vai obrigando o governador Ronaldo Caiado (DEM) a se desfazer, na marra, do discurso eleitoral – sempre muito bonito, mas em boa parte conflitante com as demandas da gestão. No final da semana passada, o governo estadual teve de recuar de parte das demissões para começar a reconduzir para as suas funções os servidores comissionados alvo do decretão que mandou para a rua 6.500 pessoas.
É uma medida emergencial à onda de reclamações sobre a queda brusca da qualidade dos serviços públicos prestados à população. Nas unidades do Vapt Vupt, por exemplo, milhares de funcionários comissionados trabalham, como resultado do decretão, sem vínculo e sem perspectiva dos salários de janeiro, além do calote na folha de dezembro.
Em diversos órgãos, autarquias e empresas a situação é de paralisa e abandono, resultado de uma gestão acéfala, com presidências e diretorias ainda sem ocupantes. É o caso da Agrodefesa, da Fapeg, da Ceasa e da Celg Geração e Transmissão, para citar apenas alguns casos. Efeitos da paralisa de um governo que ainda não mostrou a que veio.
E olha que a terceira semana de janeiro só está começando.