Estão completamente enganados aqueles que ainda acreditam que a revolta a indignação com o calote salarial promovido pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) e pela supersecretária e primeira-ministra forasteira Cristiane Schmidt (Economia) se restringe aos servidores de bolsos vazios. O debate está nas ruas e, por onde se anda, brotam as críticas contra o descaso flagrante e profundo da administração caiadista com seus funcionários.
As percepções são diversas, mas convergem para algumas direções. Uma delas é de que Caiado é um digno representante das classes abastadas de Goiás que vivem do rendimento de fortunas acumuladas ao longo do tempo e, portanto, vivem da exploração da força de trabalho alheia e não dependem de salários para sobreviver. Em um supermercado, a funcionária do caixa dizia neste sábado:
“Graças a Deus lá em casa ninguém depende de governo para pagar as contas. Esse governador está fazendo isso com os funcionários do Estado porque sempre foi rico e nunca precisou de salário para sobreviver. Se o Caiado soubesse o que é contar centavo de salário para pagar as contas, cuidar de menino, ele não faria isso.”
Raciocínio simples e certeiro e que revela bem o tamanho da encrenca em que o governador se meteu.