O presidente da Fieg (Federação das Indústrias de Goiás), Sandro Mabel, condenou nesta quarta-feira (6/2) a decisão do governador Ronaldo Caiado (DEM) de suspender o ressarcimento da distribuidora de energia Enel pelas dívidas contraídas pela antiga Celg D antes de 2015. “É uma medida errada que vai prejudicar os investimentos no Estado”, disse.
A Enel adquiriu o controle acionário quase completo da Celg D no leilão de privatização realizado pelo Governo de Goiás em novembro de 2016. A gigante italiana pagou R$ 2,186 bilhão pela companhia goiana, divididos em partes iguais entre a administração estadual e a Eletrobrás. A distribuidora foi privatizada como parte das medidas urgentes para aumentar a oferta de energia, especialmente em função da grande demanda represada da indústria.
“Caiado mandou pra Assembleia uma lei suspendendo um acordo com a Enel. Quando a empresa assumiu, disse: o passado é da Celg, ações trabalhistas e outras ações também. Aí foi criado um fundo e a Enel paga essas ações e desconta do que ela tem para pagar de ICMS”, disse Mabel ao portal de notícias A Redação.
“A Enel vai suspender grande parte desses investimentos, o que vai atrasar a estabilidade do sistema e vai atrasar a instalação de novas indústrias. Isso pode piorar tudo. O governador suspendeu isso, deu um tumulto enorme, inclusive para os acionistas italianos da Enel, que já colocaram o ‘pé no freio'”, afirmou ainda o presidente da Fieg.
A quebra de contrato é realmente grave e pode prejudicar os planos de expansão de empresas. Mas o fato é que os industriais goianos são só mais um segmento da sociedade goiana horrorizados com a habilidade de Caiado em fustigar o Estado.