É assustador o festival de lugares comuns que recheia o artigo da supersecretária e primeira-ministra forasteira da Economia Cristiane Schmidt publicado neste fim de semana no jornal Opção. O rococó linguístico do texto só serviu para uma coisa: expor de forma constrangedora o despreparo e pobreza intelectual da manda-chuva do governo Ronaldo Caiado (DEM).
A certa altura, Schmidt afirma: “Governos não podem existir com o objetivo de manterem a sua própria existência. Governos devem existir para darem oportunidades aos que não têm, para tirarem as pedras do caminho dos empresários, para eliminarem as falhas de mercado e para aumentarem o bem-estar social. Devem ser, assim, enxutos e eficientes”.
À parte à conjugação horrorosa dos tempos e modos verbais, qual é novidade desta e de outras assertivas? O artigo é um texto desgovernado, sem linha de raciocínio, sem tese nem propostas. O rococó termina com um último parágrafo incompreensível, que reúne, em seis linhas, a breguice de quem acha que escrever é um usar palavras bonitas – destarte, lograr, oxalá e deveras.
É de acabar com qualquer domingo.