Formada por deputados evangélicos que radicalizam cada vez mais em direção à direita, a bancada do atraso na Assembleia Legislativa de Goiás elegeu um novo vilão: o professor. Com ataques à categoria, revezaram-se na tribuna nesta quinta-feira Rafael Gouveia (DC), Major Araújo (PSL), Humberto Teófilo (PSL), Paulo Trabalho (PSL) e Cairo Salim (Pros). Eles acusam os professores de agirem como agentes de doutrinação comunista, incentivando os alunos a serem homossexuais.
Foram discursos ácidos. A mesma acidez nenhum deles jamais manifestou, em oito meses de mandato, contra as barbaridades e crueldades que o governador Ronaldo Caiado (DEM) cometeu – como fechar 18 escolas e deixar uma criança morrer no corredor do Hospital Materno Infantil.