Após o jogo entre Vila Nova e CRB pela 24ª rodada da Série B, na noite da última terça-feira, policiais militares da cavalaria bateram em torcedores que estavam nas barracas de espetinho. Segundo o tenente-coronel Pedro Batista, porque a PM foi hostilizada. Débora Martins, que estava em uma das barracas junto com seu marido, filho, cunhado e sobrinho, contou à rádio Sagres a surra que o esposo levou. Confira abaixo:
“Houve um tumulto, não sabemos onde começou e nem qual foi o motivo, sei que a polícia passou ali perto das barracas e creio que na intenção de espantar ou tirar as pessoas, ao invés da polícia agir com educação, ela já chegou e soltou spray de pimenta”.
“Nisso o pessoal se assustou e foi todo mundo saindo, gritando para eles não fazerem aquilo, porque ali tinha pessoas trabalhando, famílias e crianças, e assim eles continuaram. Meu esposo até falou para eles não fazerem isso, inclusive meu menino também saiu correndo e se escondeu em outra barraquinha. Meu esposo estava de costas e com a cabeça baixa tentando limpar os olhos, porque estava se sentindo mal devido ao spray. Nisso veio a cavalaria e de repente um policial acertou o cassetete nas costas dele, e aí foram dando tapa no rosto, na cabeça, na orelha”.
“Nós já procuramos a corregedoria para fazer a denúncia e estamos indo também no IML para fazer o corpo delito, porque ficou com hematomas. Não sei qual foi o motivo da polícia agir daquela forma, porém não estávamos no meio desse alvoroço e do jeito que a polícia veio do tumulto ela saiu jogando gás em todo mundo. Isso é injustificável, não teve motivo algum para eles terem feto isso. É um absurdo e uma falta de respeito, todo mundo que estava ao redor ficou indignado de tamanha humilhação”.
Mais um vídeo que mostra a confusão entre policiais e torcedores do Vila Nova no Serra Dourada ontem após o empate com o CRB. pic.twitter.com/8EcaP7nwrT
— Rádio Sagres 730 (@sagres730) 25 de setembro de 2019