• Prisão decretada
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta quarta-feira (4) a prisão da deputada federal Carla Zambelli. A ordem foi emitida após a parlamentar deixar o Brasil e anunciar que está nos Estados Unidos.
Moraes também solicitou à Polícia Federal a inclusão do nome da deputada na lista vermelha da Interpol.
• Bloqueios ordenados
A decisão do ministro incluiu o bloqueio de passaportes — inclusive o diplomático —, salários, verbas de gabinete, veículos, embarcações, aeronaves, contas bancárias, ativos, bens e perfis nas redes sociais.
Os valores retidos deverão ser destinados ao pagamento das multas impostas em condenação relacionada à invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça.
• Destino informado
Segundo a assessoria da parlamentar, Zambelli encontra-se atualmente na Flórida. No dia 25 de maio, ela cruzou a fronteira com a Argentina por via terrestre, seguiu para Buenos Aires e, de lá, embarcou para os Estados Unidos.
A deputada informou que pretende seguir para a Europa e que irá se licenciar do mandato para realizar tratamento médico.
As redes sociais de Zambelli e sua mãe, Rita, estão fora do ar por determinação judicial.
• Nota
Em nota divulgada à imprensa, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) classificou como “sem valor jurídico” a decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes, afirmando que é alvo de uma perseguição política que agora atinge também sua família. Zambelli declarou que, diante do “cenário autoritário”, decidiu transferir a administração de seus perfis nas redes sociais para sua mãe, Rita Zambelli, a quem anunciou como pré-candidata a deputada federal em 2026.
Seu filho, João, também foi lançado como pré-candidato a vereador de São Paulo em 2028. A parlamentar afirmou que seguirá lutando por suas convicções, mesmo fora do Brasil, e que a ofensiva judicial contra ela representa uma tentativa de silenciar vozes conservadoras.