• Ciúmes dos garotos
A adolescente de 17 anos que confessou ter enviado o bolo envenenado à colega Ana Luiza de Oliveira Neves, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, guardava mágoas por ter sido “trocada” por diversos rapazes, segundo revelou o delegado Vitor Santos de Jesus.
“Não foi por um em específico, são vários adolescentes. Ela contou que se sentiu passada para trás em várias ocasiões”, afirmou. O sentimento de rejeição teria se acumulado ao longo de um ou dois anos e motivado a ação extrema.
• Motivações
Os jovens mencionados como possíveis pivôs do ciúmes não têm ligação direta com o crime e não serão ouvidos pela polícia.
A adolescente preferiu não revelar os nomes, e o delegado considera que não há necessidade de envolvê-los. “Essas pessoas são incidentais, nem sabiam do que ela sentia. Nosso foco é no que ela fez, como fez e por que fez”, explicou Vitor.
O caso está sendo tratado como um ato individual motivado por sentimentos reprimidos.
• Internação provisória
Após confessar o crime, a adolescente foi apreendida e encaminhada à Fundação Casa, onde ficará internada provisoriamente por 45 dias.
Segundo a polícia, caso seja condenada, poderá permanecer internada por até três anos, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Ana Luiza, vítima do envenenamento, chegou a ser socorrida após consumir o bolo, mas não resistiu e morreu no domingo (1º).