As duas jornalistas de O Popular, integrantes do primeiro escalão da redação, não apenas pisotearam os princípios éticos do jornalismo ao participar das pesquisas qualitativas contratadas pelo PMDB para o acompanhamento dos programas eleitorais de televisão do 2º turno, em outubro último.
Elas também erraram também ao tirar conclusões equivocadas sobre as pesquisas e ao ajudar a campanha do PMDB a formular uma linha de ataque ao governador Marconi Perillo baseada em supostas características “autoritárias” e “ditatoriais” do tucano. Não funcionou.
Não se sabe se as duas profissionais foram autorizadas pela direção do Grupo Jaime Câmara a se envolverem com a campanha de Iris Rezende. Os donos do GJC são neutros em relação ao governador Marconi Perillo, mas pelo menos um dos diretores, da área de jornalismo, Luiz Fernando Rocha Lima, o “Nando”, é conhecido por não nutrir simpatia pelo governador.
Normalmente cioso da sua postura editorial, o jornal O Popular embarcou em uma canoa furada: o veículo foi utilizado pelas duas jornalistas para tentar forçar uma maior repercussão de peças de propaganda que foram veiculadas nos programas de televisão de Iris – basicamente o desenho animado intitulado de “rei mandão”, que destacaria o tal perfil “autoritário” e “ditatorial” que elas teriam detectado ao acompanhar de perto as pesquisas qualitativas do Instituto Verus, do marqueteiro Luiz Felipe Gabriel, que trabalhava para o PMDB. Segundo diversas matérias de O Popular e artigos e postagens de Fabiana Pulcineli, o desenho animado, postado nas redes sociais, teria se transformado em um viral. O dado é falso: até hoje, no Youtube, matriz de todo vídeo levado para a internet, os acessos ao “rei mandão” não ultrapassam, no total, 1.300 visualizações, o que não caracterização nenhuma viralização.
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