O tema do artigo desta segunda-feira da repórter política Fabiana Pulcineli é o acordo que permitiu a redução da dívida bilionária do Grupo JBS-Friboi com o Estado, por conta de impostos atrasados. Graças a uma “lei” que vigorou durante apenas uma semana, o débito caiu de R$ 1,3 bilhões para R$ 320 milhões.
Fabiana afirma que o “negócio” teve pouca transparência e acrescenta textualmente a “suspeita” de que a transação pode estar relacionado ao apoio que o empresário Júnior Friboi, que integra a família de controladores do grupo, deu à campanha do governador Marconi Perillo.
“Reduzir a dívida a um quarto do total e permitir o parcelamento de quase metade do que sobrou em cinco anos é um supernegócio para a JBS, a maior empresa de processamento de carne bovina do mundo”, escreve Fabiana Pulcineli. E mais: ela levanta a hipótese de que o perdão da dívida pode ter beneficiada única e exclusivamente a JBS-Friboi, o que seria inconstitucional, já que teria que ser estendida a quaisquer outras empresas devedoras do Estado: “A lei vigorou dos dias 22 a 29 de dezembro. A edição do Diário Oficial do Estado que publicou as novas regras só circulou no dia 26, como suplemento do dia 22 – com data retroativa –, o que pode ter afetado os princípios da publicidade e isonomia previstos na Constituição”, conclui.
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