Depois de perder cinco eleições estaduais consecutivas, desde 1998, e assistir a quatro vitórias do governador Marconi Perillo, sem falar em mais uma para o Senado, a oposição em Goiás mostra que não aprendeu a lição das derrotas e, mesmo através dos seus supostos quadros de renovação, continua insistindo na estratégia do xingatório.
Nesta quinta-feira, na página de opinião de O Popular, o deputado federa Daniel Vilela publica um extenso artigo repleto de críticas ao Governo do Estado e radicalmente caracterizado pela ausência de ideias para Goiás.
Na última campanha eleitoral, a prioridade para ataques a Marconi, em detrimento de projetos para Goiás, esteve na raiz da derrota de Iris Rezende, o candidato do PMDB a governador.
Em O Popular, o filho do prefeito de Aparecida, Maguito Vilela, dispara críticas à reforma administrativa e ao programa de contenção de gastos que Marconi está implantando e chega a dizer que “Goiás está atrasado”, quando a imprensa nacional já reconheceu que as propostas de Marconi para o seu quarto mandato são as mais avançadas e estão transformando o Governo do Estado no mais enxuto do país – segundo levantamento acima de quaisquer suspeitas publicado pelo mais importante jornal brasileiro de análise econômica, o Valor Econômico.
Daniel faz um raciocínio infantil: afirma que, ao anunciar uma meta de economia anual de R$ 2 bilhões de reais, o Governo reconhece que “desperdiçou” esse dinheiro nos últimos anos. Ora, o jovem parlamentar, em seu impulso , parece desconhecer que uma administração pública está sujeita a fatores conjunturais, como, por exemplo, o quadro recessivo que o Governo Federal atraiu para a economia nacional, e também não pode se furtar a um contínuo processo de aperfeiçoamento. Esses dois fatores já foram apresentador pelo governador como justificativa para o ajuste que está promovendo. Economia, portanto, não significa que havia desperdício anterior.
O tom raivoso do artigo de Daniel Vilela mostra também que ele não digeriu, até hoje, as duas derrotas que Marconi infligiu a Maguito – e que o próprio Maguito, aliás, já absorveu, ao desenvolver uma convivência pacífica e construtiva com o governador, na condição de prefeito de um dos municípios mais importantes do Estado. Daí, o tom revanchista e, em algumas frases do artigo do deputado, até mesmo de ódio.