O senador Ronaldo Caiado gosta de se apresentar como paladino da moralidade e único político brasileiro que respeita a coerência e a ética na vida pública.
Mas… não é bem assim.
Em sua coluna Café da Manhã, nesta quinta-feira em O Popular, o jornalista Ulisses Aesse registra a observação de um leitor, lembrando que o mesmo Caiado que hoje espuma pela boca em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff, no passado votou contra o impeachment de um dos mais notórios corruptos da história do Brasil – o então presidente Fernando Collor.
Em setembro de 1992, a votação do impeachment, na Câmara Federal, terminou com 441 deputados a favor e apenas 38 contra. Entre esses 38, manchando indelevelmente sua biografia, lá estava Ronaldo Caiado.
O mais grave é que, decorridos mais de 20 anos, Caiado jamais manifestou qualquer arrependimento ou se propôs a uma autocrítica sobre o seu gesto. Ou seja: se dependesse dele, Fernando Collor continuaria exercendo o mandato presidencial.
Felizmente não dependeu.