Alguns dos candidatos mais citados para disputar a Prefeitura de Goiânia em 2016 exibem mais problemas que soluções para que, efetivamente, venham a enfrentar o pleito.
Vamos começar por Iris Rezende. É inegável que o velho cacique peemedebista tem forte resíduo eleitoral na Capital, mas é só. Sua candidatura vai sofrer com o tradicional discurso superado e ultrapassado e a ligação com a desastrada administração Paulo Garcia (PT), que foi seu vice e recebeu seu apoio para a reeleição em 2012. Analistas acreditam que qualquer candidato, em 2016, que tiver identificação com o atual prefeito estará fadado ao insucesso.
Em seguida, pela base aliada do governador Marconi Perillo, aparecem dois nomes: o presidente da Agetop, Jayme Rincón, e o deputado federal Fábio Sousa. Jayme nunca disputou eleições e cometeu o erro infantil de antecipar em mais de dois anos a sua candidatura, tornando-se um alvo fácil.
Meteu-se também num bate-boca interminável com Paulo Garcia, que só valoriza um prefeito desgastado e rejeitado por mais de 80% dos goianienses. Por fim, pode ser vítima das dificuldades financeiras e administrativas enfrentadas pelo Governo, em tempos de reforma administrativa e enxugamento de gastos, inclusive para obras.
Já Fábio Sousa, em que pese o inegável amadurecimento político, carrega um defeito de origem: é evangélico do pé rachado e, pior ainda, integra um segmento que é caracterizado pelo distanciamento em relação às demais correntes da religião. Não é um nome universalizado e, portanto, é incapaz de empolgar.
Há ainda o empresário Vanderlan Cardoso, que foi bem votado na eleição para governador em Goiânia, com 178 mil votos. O diabo é que Vanderlan virou um político solitário, que não agrega apoios importantes nem consegue acertar acordos partidários e só aceita alianças com quem vem de joelhos. Apesar de milionário, não gosta de gastar com as suas campanhas. Sozinho, nunca foi e jamais irá a lugar nenhum.
Finalmente, temos o PT – teoricamente uma força política pelo fato de comandar o Paço Municipal. Mas, sem nomes e sem eira nem beira, o partido parece destinado a uma passagem melancólica pela próxima eleição, inexoravelmente atrelado ao fiasco de Paulo Garcia.