Quinze deputados estaduais ligados à base do governador Marconi Perillo anunciaram a formação de um bloco e a apresentação de um primeiro projeto coletivo que, em tese, reduziria o prolongado período de férias que a Assembleia Legislativa dá atualmente aos seus 41 componentes.
O projeto é uma piada. Por ano, a Assembleia tem atualmente vários recessos, que totalizam 90 dias de folga. Os novatos resolveram propor uma emenda, reduzindo para 70 dias. O problema é que ainda é muito: o Congresso Nacional, por exemplo, só tem 50 dias de recesso por ano. E um trabalhador comum, no Brasil, 30 dias.
Se quisessem dar exemplo, os deputados novatos deveriam ter pensado melhor e reduzido para valer – e não de araque – o período de recesso parlamentar, durante o qual continuam recebendo seus salários normalmente. E isso sem falar em feriados prolongados, como o carnaval e a Semana Santa. Ooops… ainda tem a falta de quorum. Segundo levantamento realizado pelo jornal O Popular, nos últimos quatro anos as sessões canceladas porque não havia deputados no plenário correspondem a um ano de trabalho.
Veja quem são os 15 deputados estaduais que assinaram o projeto garantindo férias remuneradas de 70 dias para eles próprios:
Charles Bento (PRTB)
Diego Sorgatto (PSD)
Dr. Antônio (PDT)
Eliane Pinheiro (PMN)
Francisco Oliveira (PHS)
Gustavo Sebba (PSDB)
Jean (PHS)
Lissauer Vieira (PSD)
Lucas Calil (PSL)
Manoel de Oliveira (PSDB)
Marquinho Palmerston (PSDB)
Santana (PSL)
Sérgio Bravo (Pros)
Virmondes Cruvinel (PSD)
Zé Antônio (PTB)