O deputado Jean Carlo, líder do bloco de 15 novatos da base governista na Assembleia Legislativa, disse a O Popular que a proposta que garante 70 dias de férias anuais remuneradas para os 41 parlamentares da Casa é uma “primeira semente” e que, mais adiante, novos passos poderão ser dados.
Olha só, leitor, o argumento do deputado Jean Carlo para que o prolongado recesso da Assembleia seja mantido: “Não dá para ser muito drástico. A proposta é grandiosa e não podemos correr o risco de vê-la rejeitada. O trabalho é gradual, vamos ver como a Casa vai funcionar com as mudanças e depois, se for o caso, avançar na discussão”.
O deputado é novo, mas a cabeça é mais velha que a dos veteranos da Assembleia. A proposta dos novatos é marota ao tentar criar a impressão de que o recesso está sendo reduzido, mas, na verdade, o que ela objetiva é assegurar uma folga anual de quase dois meses e meio para cada parlamentar goiano. E não é preciso “avaliar” como a Assembleia vai funcionar com um recesso menor: qualquer um pode concluir que, em princípio, um recesso normal, como o do Congresso Nacional, que é de no máximo 55 dias por ano, irá melhorar a produtividade do Poder. Mais ainda um recesso equivalente aos mesmos 30 dias a que qualquer trabalhador tem direito.
Ao contrário do que pensa o deputado Jean Carlo, o que a Assembleia precisa desesperadamente, neste momento em que a sua credibilidade parece afundar ainda mais, é de medidas drásticas.
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