Há poucos dias, em O Popular, o presidente do Detran, João Furtado, disse que a responsabilidade pelo caos no atendimento no Detran seria de uma empresa contratada na gestão anterior, de José Taveira, por valor superior a R$ 13 milhões de reais, para operar a base de dados do órgão.
Mas João Furtado omitiu uma informação importante, que acabou sendo descoberta pelo repórter Eduardo Pinheiro, de O Popular: “O contrato do Detran com a Search Informática, empresa responsável pela implantação do novo sistema de computação do órgão, recebeu um aditivo de R$ 7,8 milhões no meio da crise de migração de dados de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) no ano passado. O valor corresponde a 57,35% do contrato assinado em 2013 pelo Detran, de R$ 13,6 milhões. O aditivo foi publicado no Diário Oficial do Estado em 24 de maio de 2014 sem especificação do objetivo do aporte. Ele foi assinado pelo presidente do Detran, João Furtado de Mendonça Neto”, denuncia Eduardo Pinheiro na edição deste sábado do jornal.
Veja o detalhe, leitor: o aditivo foi assinado pelo atual presidente do Detran “no meio da crise de migração de dados no ano passado”. Isso significa que o presidente João Furtado, mesmo sabendo que o novo sistema de dados enfrentava problemas, beneficiou a empresa responsável – a mesma que ele, hoje, acusa como geradora do caos no atendimento do Detran, sugerindo, como fez nas suas declarações a O Popular, que a culpa é da gestão passada, de José Taveira.
Como disse o deputado José Nelto, do PMDB, o Detran virou caso de polícia.
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