Dois fatos, nesta semana, colocaram em xeque o discurso repetitivo que vem sendo entoado desde o início do ano pela secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa, e pelo secretário de Gestão e Planejamento,Thiago Peixoto.
Ambos investiram pesado em duas linhas de raciocínio: 1|) as receitas do Estado caíram nos primeiros meses do ano e 2) também haveria uma forte desaceleração na economia goiana em 2015, como reflexo da crise nacional.
Com essas justificativas, Ana Carla e Thiago vinham vendendo o peixe do forte ajuste fiscal que está sendo implantado pelo Governo do Estado e justificando até mesmo medidas dramáticas, como o atraso na quitação da folha de pagamento do funcionalismo (em março, já ocorreu o primeiro tropeção, com o parcelamento das folhas do Ministério Público e do Poder Judiciário).
Mas os dois secretários estão devendo explicações. Primeiro, a coluna Giro,de O Popular, revelou com números incontestáveis, extraídos das próprias contas do Estado, que a receita subiu nos primeiros meses do ano .Depois, o economista-chefe do Banco Itaú, Ilan Goldfajn, afirmou, em uma palestra em Goiânia, na presença do governador Marconi Perillo, que a economia goiana está em situação confortável e deverá atravessar a crise nacional com um crescimento mínimo de 3% ao ano, inclusive em 2015 – ou seja, Goiás vai continuar se desenvolvendo em ritmo maior e mais acelerado que o Brasil.
E agora? Onde é que Ana Carla e Thiago Peixoto se informaram para garantir que a arrecadação caiu e que Goiás, neste ano, vai experimentar uma redução do seu crescimento?
Tem coelho nesse mato.
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