O Campeonato Goiano de futebol trilha o mesmo caminho de praticamente todos os outros torneios estaduais. Abdicou do papel de protagonista na revelação de talentos para o Brasileirão, depauperou-se, perdeu público e sofre, cada dia mais, com a escassez de talentos dentro das quatro linhas.
Sobraram uns pobres coitados que correm de um lado para o outro, fugindo da bola, e três ou quatro emissoras de rádio AM que atrofiam em escala proporcional ao desmantelamento do campeonato.
A decadência é generalizada. Digna de dó.
É possível que concordem com esta avaliação os insubstituíveis dirigentes da Federação Goiana de Futebol, que nesta segunda-feira lançam mão de mais uma estratégia desesperada para promover o futebol mequetrefe que cá se pratica com uma festa para homenagear as “feras” do Goianão.
Mas, aqui entre nós: há algum jogador que mereça o título? Algum drible, jogada fantástica ou gol de placa que se candidate a entrar para os anais do esporte em Goiás?
Vale a pena procurar, neste exército brancaleônico de pernas de pau, algum lampejo de genialidade que nos faça lembrar de Túlio Maravilha, Louvanor, Zé Teodoro, Cacau, Bé?
Caros senhores do futebol goiano, respondam: homenagear quem?