É importante que a população de Goiânia fique alerta para o que está para acontecer em Goiânia.
O plenário da Câmara Municipal de Goiânia analisa, na próxima semana, decreto legislativo que suspende uma das obras mais absurdas já executadas na Capital: a construção do residencial Europark, um conjunto de torres que reúne 1.000 apartamentos no Park Lozandes, ao redor do Paço Municipal.
O decreto foi proposto pela oposição e aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas a base do prefeito Paulo Garcia (PT) começou a se movimentar para derrubá-lo em plenário. O líder do movimento que defende o Europark é o vereador Paulo Borges (PMDB), cuja obediência aos interesses do setor imobiliário é conhecido.
A obra é irregular. Afronta o Plano Diretor, como mostra a reportagem do Jornal Opção (clique aqui para ler). Para viabilizá-la, em 2007, burocratas da prefeitura armaram uma combinação de leis e decretos que criaram uma janela de um mês no Plano Diretor de Goiânia. Nesse período, a Capital virou cidade sem lei para edificações. Foi então que criaram-se as condições para aprovar o Europark e outras 300 obras na cidade.
É importante a pressão sobre os vereadores para impedi-los de derrubar o decreto, como quer o prefeito.
Imaginem só: mil apartamentos e quatro mil novos habitantes perambulando na região.
Será que vai ter transporte coletivo para tanta gente? Escola? Posto de Saúde? É uma população maior que 80 cidades goianas.