Em mais uma clara sinalização a respeito dos rumos que pretende tomar nas eleições municipais de 2016, o prefeito Paulo Garcia (PT) levou a deputada estadual Adriana Accorsi para acompanhá-lo em vistoria às obras de construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na região Noroeste da Capital, na manhã desta segunda-feira.
Paulo quer preparar a jovem deputada para disputar a eleição e mais do que isso: defender o seu legado, que será duramente questionado pelos outros candidatos – inclusive Iris Rezende, o seu padrinho político, a se confirmar a pretensão do PMDB de lança-lo em sua última empreitada eleitoral.
O prefeito acerta ao convidar Adriana a participar de sua agenda administrativa, mas erra na escolha dos compromissos. Em vez de leva-la para conhecer uma UPA em construção, deveria apresentar à deputada a triste realidade dos Cais e Ciams de Goiânia, onde o sofrimento é regra e tem gente morrendo à espera de atendimento.
Há quinze dias, o sindicato dos servidores da Saúde da Capital (SindiSaúde) levou um dossiê ao Conselho Nacional de Saúde e ao Departamento de Auditoria do SUS em que denuncia as condições desumanas em que se encontram as unidades de atendimento da prefeitura. Pasmem: falta até soro fisiológico em algumas unidades (sem falar na precariedade do abastecimento de antibióticos, anti-inflamatório, seringas e algodão e na falta de médicos e enfermeiros). Nos Cais da Chácara do Governador, Cândida de Morais, Jardim Curitiba, Novo Mundo, Amendoeiras e Bairro Goiá, segundo Flaviana Alves, presidente do SindiSaúde, o cenário é desesperador.
É esta a realidade que Adriana Accorsi deveria conhecer antes de mergulhar de cabeça em uma eleição para prefeito de Goiânia.
Como dizem por aí: #ficadica.
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