O Ministério Público de Contas, que atua junto ao Tribunal de Contas do Estado, inovou e fez uma “denúncia genérica” ao próprio Tribunal, sem sequer um dado concreto ou um mero indício, pedindo uma investigação sobre procedimentos licitatórios, aditivos e contratos do Governo do Estado para ver se existiria, em Goiás, algum desdobramento da Operação Lava Jato, que desbaratou o esquema de corrupção do PT na Petrobrás.
Veja bem, leitor: não há nenhum dado concreto ou sequer um indício de irregularidades, menos ainda ligadas ao esquema de ladroagem desvendado pela Operação Lava Jato, mas, mesmo assim, o Ministério Público de Contas quer uma investigação, que ninguém sabe por onde começaria nem por onde caminharia – já que, repetindo, não há dados concretos ou sequer um indício de irregularidade.
A representação, que, na verdade, configura uma inédita “denúncia genérica”, algo que, no Brasil, nem mesmo a ditadura militar ousou intentar, foi assinada pelos procuradores do MPC Maisa de Castro Sousa Barbosa, Fernando dos Santos Carneiro e Eduardo Luz Gonçalves – e deve entrar para anedotário jurídico do Estado.
Sugere-se uma nova representação, dos dito cujos procuradores, com outra “denúncia genérica”, esta pedindo uma investigação para apurar a existência, em Goiás,de algum desdobramento do escândalo da Fifa.
Quem sabe?
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