O jornal O Popular bate todos os recordes de escatologia jornalística ao publicar, nesta sexta-feira, um artigo de uma das suas muitas editoras (sim, O Popular é uma espécie de matriarcado da imprensa goiana, comandado pela editora-chefe Cileide Alves) prevendo nada mais nada menos que o fim do mundo.
A jornalista Silvana Bittencourt, em artigo no espaço superior da página de opinião, geralmente utilizado pelos jornalistas da casa para viajar na maionese (outro dia saiu um artigo de um dos cabeças da redação, Gilberto G. Pereira, com profundas considerações filosóficas sobre o herói dos quadrinhos Wolverine), escreve meio que confusamente que a civilização está prestes a conhecer o seu termo: “O fim parece sempre estar próximo a cada vez que nos damos conta dos alicerces podres que estão sustentando os valores”.
E ainda complementa: “O fim não precisa vir do espaço. Ele pode estar em nós mesmos quando perdemos as rédeas do bom senso”, referindo-se à possibilidade de um asteroide atingir e destruir a terra, tese comumente defendida pelos plantonistas do apocalipse – e, aliás,sem nenhuma fundamentação científica.
Pior de tudo: na primeira página, um jornal que se pretende o mais importante do Estado, como O Popular, anuncia o artigo da jornalista e ainda resume: “O fim da civilização parece estar próximo”.
Realmente: é o fim do mundo.