Em entrevista ao repórter Frederico Vítor, publicada no Jornal Opção deste domingo, o diretor-geral do Hospital de Urgências Otávio Lage (Hugol), Hélio Ponciano, afirma que nos primeiros dias de funcionamento a unidade recebeu número elevado de pacientes que fogem ao perfil do hospital – que é de média e alta complexidade. Isso aconteceu porque os Cais e postos de Saúde, responsáveis pelo atendimento básico, não têm dado conta do recado.
Veja o que diz Ponciano:
“O que nos preocupa mais não é o doente grave, mas sim aquele que não é o do nosso perfil, que fica na porta aguardando atendimento, mas que seu problema não será resolvido por conta do perfil do hospital. Nós já tivemos grávidas, crianças com diarreia e com febre, casos que não são do nosso perfil. Este é o problema nosso, e é isso que tumultua nosso atendimento. Realmente é um transtorno porque não estamos preparados para estes doentes.
Temos que esclarecer que o perfil do Hugol é para o atendimento de média e alta complexidade. O de baixa tem que ir para atenção básica, que são os Cais e os postos de saúde. Se lá eles avaliarem e verem que é do nosso perfil, estamos prontos para recebê-los”.