Maguito Vilela tem sido um prefeito, de Aparecida, muito melhor que foi governador de Goiás.
Chefe do governo de 1995 a 1998, Maguito não deixou legado. No máximo, é lembrado pela desastrosa privatização da usina de Cachoeira Dourada e depois por ter espatifado os recursos arrecadados,da ordem de US$ 1 bilhão sem deixar nada de concreto para o Estado.
A principal marca de Maguito como governador foi o programa de distribuição de cestas básicas, ofuscado logo em seguida pelo Renda Cidadã (criado por Marconi Perillo), que tirou o fardo de comida das costas dos pobres e trocou por uma ajuda muito mais digna, em dinheiro vivo.
Reduzido a prefeito, Maguito se saiu bem melhor. Tem obras a apresentar (o asfaltamento de 105 bairros, por exemplo) e contou com a sorte de surfar na expansão econômica que tomou conta de Aparecida, transformado no segundo município mais populoso e mais empresarialmente desenvolvido de Goiás.
Mas, descuidado, Maguito – como é hábito entre os peemedebistas goianos – se cercou de uma assessoria de baixa qualidade. A condenação por improbidade administrativa, que o levou a ficar incurso na Lei da Ficha Limpa e se tornar inelegível por oito anos, é resultado de um staff desqualificado, que permitiu barbaridades jurídicas no âmbito da Prefeitura e sequer se preocupou em defender o prefeito com eficácia nas instâncias judiciais, até que ele foi sentenciado pelo Tribunal de Justiça.
Depois de morar no Palácio das Esmeraldas, Maguito foi derrotado duas vezes consecutivas pelo governador Marconi Perillo ao tentar retornar para a casa verde. Ele sonha se candidatar a senador ou, dependendo das circunstâncias, até mesmo a governador, mais uma vez.
Mas o carimbo de ficha suja cortou esse caminho.