A professora Raquel Teixeira aceitou o convite do governador Marconi Perillo para comandar a Secretaria da Educação com um compromisso amarrado: introduzir o modelo de gestão por Organizações Sociais nas escolas estaduais, repetindo, assim, a experiência bem sucedida das OSs nos hospitais – que é um sucesso retumbante e está sendo copiada pelo Brasil afora.
Mas é fato que, mesmo aceitando a missão, a ideia não agrada a Raquel. E ela tem feito tudo para, senão enterrar, pelo menos adiar o máximo possível a proposta de repassar a rede de ensino para as OSs.
Veja a última da professora Raquel Teixeira: ela agora está dizendo, em suas entrevistas, que o Ministério da Educação pode cortar as verbas para Goiás caso o modelo de gestão por OSs venha a ser adotado.
Há uma dose de “terrorismo” nessa afirmação. O que o MEC transfere para o Governo de Goiás tem a ver com a Educação e não com o modelo de administração. É só comparar: mesmo com a transferência dos hospitais estaduais para as OSs, as verbas federais continuam chegando normalmente, sem nenhuma interrupção ou questionamento. Isso porque, obviamente, os serviços de saúde continuam sendo prestados dentro dos padrões exigidos pela ciência e pela medicina, assim como as escolas estaduais, mesmo sob o comando administrativo das OSs, continuarão ministrando o ensino conforme as normas e o conteúdo pedagógico definidos pelo MEC e pela Secretaria da Educação.