Lépido e fagueiro, o empresário Vanderlan Cardoso dá entrevistas e conversa com políticos anunciando que está se preparando para ser candidato a prefeito de Goiânia em 2016.
Só que ele… não será candidato. Pode apostar, leitor. O que vai impedir o lançamento de Vanderlan na capital é simples e não tem segredo.
Vanderlan está prestes a ser julgado pelo Tribunal de Justiça: trata-se de um recurso que ele apresentou quando foi condenado em 1ª instância por improbidade administrativa, depois de doar R$ 550 mil reais da Prefeitura de Senador a um time de futebol. Tanto o Ministério Público quanto a Justiça de 1º Grau consideram a doação como ”imoral, ilegal e lesiva” aos cofres do município e por isso ele foi sentenciado a pagar uma multa e a ter os seus direitos políticos suspensos.
Para piorar a situação do milionário de Senador Canedo, uma outra ação do Ministério Público, questionando a mesma doação, foi acatada pelo TJ-GO. O ato foi declarado nulo, o que abre um precedente inescapável para que o recurso de Vanderlan seja rejeitado e a condenação em 1ª instância confirmada. Detalhe escabroso: Vanderlan era presidente de honra do time beneficiado com os R$ 550 mil.
Como se sabe, para condenados por colegiado de juízes, por improbidade administrativa, a Lei da Ficha Limpa é clara: são oito anos de inelegibilidade, independentemente de recurso. Vanderlan, praticamente, assim que o TJ se pronunciar, estará fora da eleição para prefeito de Goiânia.
E está quase na hora.