O Conselho de Arquitetura de Goiás (CAU-GO) estuda abrir processo disciplinar contra os arquitetos da prefeitura de Goiânia suspeitos de participar de fraudes na emissão de alvarás para empreendimentos imobiliários.
A informação foi confirmada ao Jornal Opção pela coordenadora da Comissão de Ética e Disciplina do CAU, Maria Ester de Souza. “Vamos ouvir todos, daremos amplo poder de defesa, mas entendemos que eles não só assinaram os documentos irregulares, como também aceitaram a situação”, diz Ester.
A maioria dos arquitetos que já depuseram à Comissão de Inquérito da Câmara Municipal que analisa as fraudes admitiu que recebe dinheiro de construtoras ao mesmo tempo em que analisa e aprova projetos que estas mesmas empresas protocolam na prefeitura, o que afronta a Lei de Improbidade Administrativa.
Este é o caso, por exemplo, do fiscal Adriano Theodoro Dias Vreeswijk, que prestou serviço para construtora EuroAmérica e que é sócio de Jonas Henrique Guimarães, responsável pela análise do pedido de alvará para o Europark.
Houve arquitetos também que admitiram ter emitido autorização para empreendimentos imobiliários em discordância com os prazos estabelecidos por lei.