Matéria distribuída pela Agência de Notícias Reuters informa que é grande o interesse entre os investidores estrangeiros – principalmente chineses – pelo leilão de privatização da Celg, que estava previsto para novembro e agora, segundo a Eletrobrás, passou para dezembro.
“Segundo especialistas do mercado de energia elétrica, a distribuidora de Goiás é o ‘filé mignon’ das distribuidoras federalizadas sob controle da Eletrobras, que planeja vender as empresas de distribuição aos poucos para reduzir a presença nesse segmento”, diz a matéria.
“Há muitos interessados na Celg. Vai ter gente saindo no tapa. Das federalizadas, a Celg é a joia da coroa”, disse à Reuters o professor Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Para a Agência Reuter, “o interesse na Celg se deve, entre outros fatores, ao fato de a distribuidora estar situada em uma região relativamente rica do país, próxima da capital federal, atendida por outra distribuidora. A Celg D é responsável pelo atendimento de 237 municípios de Goiás, correspondente a mais de 98,7 por cento do território goiano. Além disso, a empresa tem menos ‘esqueletos’ que as demais distribuidoras federalizadas, situadas nas regiões Norte e Nordeste, que registram menor eficiência.”.
O preço previsto é de fazer a oposição, em Goiás, amargar a boca: no mínimo R$ 10 bilhões de reais, que serão divididos entre a Eletrobrás e o governo de Goiás – o governador Marconi Perillo já anunciou que essa montanha de dinheiro será investida em obras de infraestrutura e na ampliação do programa Inova Goiás.
Outra informação que, conforme ainda a Agência Reuters, aumenta o interesse pela Celg: “Os chineses querem entrar na distribuição e transmissão e, se eles entrarem, dificilmente outro grupo conseguirá concorrer com eles. Faturam bilhões de dólares, têm grandes grupos para apoiar e querem grandes projetos. E a Celg se enquadra nesse perfil”, finaliza a matéria.